Uma ação integrada entre as polícias de Sergipe possibilitou nessa segunda-feira, dia 07, a deflagração da Operação Onça Pintada. Foram 28 prisões realizadas e expedidos mais de 50 mandados, entre prisões preventivas e buscas domiciliares.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) detalhou nesta terça-feira, dia 08, as investigações para a realização da Operação Onça Pintada. A operação teve como objetivo desarticular uma das maiores associações criminosas envolvida com tráfico de drogas, instalada no Loteamento Pantanal, localizada próximo ao bairro Inácio Barbosa. O grupo comandava a distribuição de drogas no Bairro Inácio Barbosa, além de revender entorpecentes para outras localidades da Grande Aracaju.
Os mandados foram cumpridos nos Estados de Sergipe, Alagoas e São Paulo, representados pelo Departamento de Narcóticos (Denarc/PCSE), após informações repassadas pelo Comando de Operações Especiais (COE/PMSE), acerca da atuação dos grupos de traficantes no Pantanal. As investigações tiveram o suporte fundamental do Poder Judiciário, Ministério Público e Departamento do Sistema Penitenciário (Desipe), através da Central de Monitoramento de Presos.
A associação criminosa possui três vias principais de abastecimento, São Paulo, Alagoas e Aracaju. Nela, o funcionamento dos negócios é constituído por uma complexa rede de traficantes com distribuição de responsabilidades e encargos entre seus componentes: fornecimento, armazenamento ou transporte da droga, cobrança de valores e guarda de armas de fogo. Durante as investigações, que duraram quase cinco meses, foram apreendidos quase 500 quilos de drogas.
Para mais fotos da Operação, confira no Flickr operação:https://www.flickr.com/photos/14296327 ... s/72157672623364144
"Desarticulamos um grupo muito bem estruturado com ramificações dentro dos presídios e outros estados. Estamos fazendo nossa parte para uma segurança pública de melhor qualidade, agora cabe ao restante da sociedade fazer a contrapartida, utilizando por exemplo, ferramentas como o disque denúncia, auxiliando o trabalho das polícias; e não consumindo drogas, pois esta fomenta a violência", destacou o delegado geral Alessandro Vieira.
Histórico
"As primeiras investigações foram realizadas no início do ano, após receber detalhes do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar (COE/PM) sobre grupos de traficantes sitiados no Loteamento Pantanal, Bairro Inácio Barbosa, que exerciam o controle do tráfico local e o abastecimento de drogas a traficantes da Grande Aracaju. Em março representamos juntos ao Ministério Público e o ápice ocorreu ontem com as prisões feitas pelo COE, Denarc e Batalhão de Radiopatrulha", detalha o coordenador do Denarc, delegado Osvaldo Rezende.
Assim, no decorrer das investigações, a polícia identificou Ronaldo dos Santos, o Zé do Pantanal, como o principal articulador da associação criminosa. Ele é auxiliado principalmente pelo seu irmão, Heraldo dos Santos, o Arneu. Juntos exerciam o controle rigoroso da comercialização de narcóticos no Bairro Inácio Barbosa e a venda de drogas a traficantes de outros bairros da Grande Aracaju.
Descobriu-se que a associação criminosa investigada possui três vias principais de abastecimento:1) São Paulo/SP: onde carregamentos de entorpecentes são providenciados por Davi Mathias Pereira, o Paulista, 38 anos; 2) Arapiraca/AL: cujo principal elo de comunicação é Ubiratan Ferreira de Oliveira, o Bira, 42 anos; e 3) Alagoas e Aracaju/SE: tendo como fornecedor Geilson da Silva Santos, mais conhecido como Neguinho, 30 anos, que continua foragido.
Ficou constatado que o funcionamento dos negócios ilícitos do bando é constituído por uma complexa rede traficantes, com distribuição de responsabilidades e encargos entre seus componentes: fornecimento, armazenamento ou transporte da droga, cobrança de valores e guarda de armas de fogo.
Dentre as descobertas, a polícia verificou que os investigados não compunham um simples grupo de criminosos, mas uma associação criminosa composta por mais de 30 pessoas, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas voltadas para aquisição de substâncias entorpecentes no sudeste brasileiro e no Estado de Alagoas para distribuição em bairros sergipanos.
Portanto, pelas investigações, a SSP identificou tentáculos envolvem entes federativos diversos. Vejam organograma com a rede de envolvimento entre os traficantes e ainda a linha do tempo com as diversas prisões realizadas pela polícia nos últimos meses.
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