Após a invasão da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) por servidores nesta terça-feira (8), contra o pacote de ajuste das contas do governo estadual, o governador Luiz Fernando Pezão criticou a manifestação durante sua viagem a Brasília, onde se encontrou com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármem Lúcia. Na manhã desta quarta-feira, Pezão se encontrou com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para discutir a crise financeira do Estado.
Além de criticar a invasão à Assembleia Legislativa, Pezão voltou a defender o conjunto de medidas de austeridade, que envolve descontos de 30% dos salários de servidores para contribuição com a previdência, extinção de programas sociais, aumento de impostos.
— O que ocorreu na Alerj é lamentável. É caso de polícia. Nós estamos tomando essas medidas para o Estado ter capacidade de investir. É meu dever cuidar dos 470 mil funcionários ativos e inativos, mas tenho que olhar também para as 16 milhões de pessoas que querem mais segurança, que querem mais escola, que querem mais saúde. Tudo que a gente arrecada hoje é quase somente para pagar o funcionalismo. Eu não quero demitir ninguém. Para isso tivemos que rever a contribuição previdenciária.
Nesta segunda-feira (8), o governador seu encontrou com a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) ministra Cármen Lúcia, e, junto a outros governadores, pediu uma fatia maior das multas arrecadadas com a repatriação de recursos vindos do exterior. Pezão também discutiu com a presidente do STF os arrestos que vêm provocando a desorganização das contas públicas.
Cármem Lúcia suspendeu a liminar que determinava o pagamento do salário dos servidores do Estado do Rio de Janeiro até o 3º dia útil de cada mês. Com a decisão, o governo do Rio pode fazer pagamento de servidores até o 10º dia útil.
— O estado está em calamidade financeira e os arrestos vêm prejudicando toda a programação de pagamento. Nem eu nem a minha equipe econômica estamos conseguindo fazer gestão do caixa do estado.
Invasão na Alerj
Um grupo de servidores, principalmente da Secretaria de Segurança, fizeram um protesto na manhã desta terça-feira (8) na escadaria da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) contra as medidas que serão adotadas pelo governo do Estado para tentar equilibrar as finanças do Rio. A manifestação chegou a interditar uma rua do centro do Rio. Durante a tarde, os manifestantes ocuparam o plenário e chegaram a depredar a Assembleia.
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